Em 28 de outubro de 1929, o mundo capitalista entra em uma profunda crise econômica causada pela quebra da Bolsa de Valores de Nova York. Essa crise iniciada nos Estados Unidos se alastra pelo mundo todo, provocando a falência de empresas, bancos e criando uma multidão de desempregados. Com exceção da União Soviética, praticamente todos os países irão sofrer os efeitos da crise que se inicia no mercado americano de ações. Essa crise, somada aos efeitos do Tratado de Versalhes, vai permitir o surgimento, na Alemanha, do nazismo e, na Itália, do fascismo.
Mas o que permitiu que uma crise de tamanhas dimensões se desenvolvesse e eclodisse em 1929? Para isso é preciso entender os Estados Unidos nos anos de 1920 e seu American Way of Life.
O American Way of Life
Após à Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos se torna em uma potência econômica e política em nível mundial. Parte dos fatores que permitiram aos Estados Unidos se tornarem uma potência foi o fato dos bancos americanos emprestarem recursos aos países europeus que haviam participado do conflito da Grande Guerra (1914-1918). Os empréstimos fizeram que grande volume de recursos fossem aplicados na reconstrução desses países europeus. Além disso, a reconstrução das fábricas em território europeu foi lenta, fato que permitiu aos americanos exportarem produtos industrializados para esses países. Com base nesses dois aspectos, os Estados Unidos se tornam o país mais rico e industrializado do mundo.
Essa riqueza fez que houvesse, entre a classe média e a elite americana, a construção de um modo de vida baseado no consumo de bens duráveis, como carros, geladeiras, a compra de casas. Além disso, esse modo de vida era baseado em práticas sociais influenciadas pelo cinema, pelo jazz e pelo charleston (um estilo de dança) que eram praticado por esses setores da sociedade americana. Esse modo de vida foi denominado de american way of life ( estilo de vida americano).
Esse american way of life era inspirado na crença de que a prosperidade americana era infinita.
A classe média americana tinha essa crença alimentada pelos altos lucros no mercado de ações das bolsas de valores. Nos anos de 1920, os industriais americanos haviam negociado ações de suas empresas para ampliar a produção de suas fábricas. Como o volume das exportações americanas era alto, tanto industriais quanto os investidores acreditavam que essa situação se manteria infinitamente.
Mas esse american way of life e o mercado de ações das bolsas de valores escondiam problemas estruturais que desencadeariam a crise de 1929.
1- a grande riqueza nos Estados Unidos estava distribuída de forma desigual: a maioria da população era pobre;
2- os salários dos operários não sofreram aumento, mesmo com os contínuos aumentos da produção industrial;
3- esses trabalhadores, com os salários congelados, não poderiam ampliar o mercado consumidor dos produtos das fábricas americanas que começavam a se acumular nos depósitos;
4- as fábricas europeias começam, no final dos anos 1920, a produzirem o que acabou por torná-las concorrentes das fábricas americanas, o que fez agravar o acúmulo de mercadorias dos industriais americanos.
5- o mercado de ações nas bolsas de valores se baseavam na expectativa futura de aumento da produção das fábricas americanas, o que no final dos anos 1920 dava mostras que não se concretizaria.
Esses fatores causaram um crise de superprodução nos Estados Unidos.
Essas quedas contínuas se avolumaram no dia 28 de outubro de 1929, quando a queda acentuada levou milhares de investidores a venderem as suas ações ao mesmo tempo. Com o resultado dessa venda abrupta de ações, os valores caíram das ações drasticamente. Isso levou a falência de muitos investidores que perderam as suas economias nesse tipo de mercado. Muitos desses investidores haviam pedido emprestado dinheiro a bancos, com o intuito de pagar com os lucros futuros esses empréstimos e construir uma fortuna. Mas com a quebra da bolsa, esses investidores não tinham com pagar esses empréstimos. Sem o pagamento desses empréstimos, os bancos não tinham com pagar os seus investidores. Assim, muitos bancos foram a falência.No campo, a situação era também terrível. Os produtores americanos, devido aos baixos preços dos produtos agrícolas, não tinham como pagar os empréstimos feitos pelos bancos. Com o desemprego crescente, começa-se a acumular nas fazendas uma grande quantidade de produtos agrícolas, o que faz que os preços desses produtos caíssem ainda mais. Com a quebra da bolsa, o desemprego se alastra por todos os setores da economia americana. Sem mercado consumidor, os fazendeiros não conseguem pagar as suas dividas aos bancos e vão à falência. Em 1929, toda a economia americana é tomada pela grave crise que vai se alastra pelo mundo.
Essa riqueza fez que houvesse, entre a classe média e a elite americana, a construção de um modo de vida baseado no consumo de bens duráveis, como carros, geladeiras, a compra de casas. Além disso, esse modo de vida era baseado em práticas sociais influenciadas pelo cinema, pelo jazz e pelo charleston (um estilo de dança) que eram praticado por esses setores da sociedade americana. Esse modo de vida foi denominado de american way of life ( estilo de vida americano).
Esse american way of life era inspirado na crença de que a prosperidade americana era infinita.
A classe média americana tinha essa crença alimentada pelos altos lucros no mercado de ações das bolsas de valores. Nos anos de 1920, os industriais americanos haviam negociado ações de suas empresas para ampliar a produção de suas fábricas. Como o volume das exportações americanas era alto, tanto industriais quanto os investidores acreditavam que essa situação se manteria infinitamente.
Mas esse american way of life e o mercado de ações das bolsas de valores escondiam problemas estruturais que desencadeariam a crise de 1929.
Os problemas estruturais da economia americana nos anos de 1920
A economia americana, apesar de demonstrar nos anos de 1920 grande desenvolvimento, apresentava uma série de problemas estruturais:1- a grande riqueza nos Estados Unidos estava distribuída de forma desigual: a maioria da população era pobre;
2- os salários dos operários não sofreram aumento, mesmo com os contínuos aumentos da produção industrial;
3- esses trabalhadores, com os salários congelados, não poderiam ampliar o mercado consumidor dos produtos das fábricas americanas que começavam a se acumular nos depósitos;
4- as fábricas europeias começam, no final dos anos 1920, a produzirem o que acabou por torná-las concorrentes das fábricas americanas, o que fez agravar o acúmulo de mercadorias dos industriais americanos.
5- o mercado de ações nas bolsas de valores se baseavam na expectativa futura de aumento da produção das fábricas americanas, o que no final dos anos 1920 dava mostras que não se concretizaria.
Esses fatores causaram um crise de superprodução nos Estados Unidos.
A quebra da Bolsa de Nova York
Em 1928, a economia americana dava mostras de esgotamento. Os industriais começaram a reduzir a produção e a demitir operários. Com essa atitude, esperava-se que os estoques fossem esvaziados. Mas as demissões causaram um efeito contrário ao esperado pelos donos das fábricas americanas: a redução do mercado consumidor. Essa redução do mercado consumidor afetou ainda mais as indústrias americanas que não mais contavam com o mercado europeu para exportar esse excedente que se acumulava nos estoques americanos. Para reverter essa queda da produção e do mercado consumidor, os industriais lançaram mão da venda de ações para manter a lucratividade de suas empresas. Então no início de 1929, tem-se uma grande especulação no mercado de ações quando o preço dessas começaram a ter grandes valorizações, mas sem uma perspectiva real de retorno desses investimentos. Em setembro de 1929, o preço das ações começam a ter grandes flutuações com altas e quedas acentuadas dos seus valores. No mês de outubro, as quedas nos valores das ações se tornam corriqueiras, o que prenunciava a crise.Essas quedas contínuas se avolumaram no dia 28 de outubro de 1929, quando a queda acentuada levou milhares de investidores a venderem as suas ações ao mesmo tempo. Com o resultado dessa venda abrupta de ações, os valores caíram das ações drasticamente. Isso levou a falência de muitos investidores que perderam as suas economias nesse tipo de mercado. Muitos desses investidores haviam pedido emprestado dinheiro a bancos, com o intuito de pagar com os lucros futuros esses empréstimos e construir uma fortuna. Mas com a quebra da bolsa, esses investidores não tinham com pagar esses empréstimos. Sem o pagamento desses empréstimos, os bancos não tinham com pagar os seus investidores. Assim, muitos bancos foram a falência.No campo, a situação era também terrível. Os produtores americanos, devido aos baixos preços dos produtos agrícolas, não tinham como pagar os empréstimos feitos pelos bancos. Com o desemprego crescente, começa-se a acumular nas fazendas uma grande quantidade de produtos agrícolas, o que faz que os preços desses produtos caíssem ainda mais. Com a quebra da bolsa, o desemprego se alastra por todos os setores da economia americana. Sem mercado consumidor, os fazendeiros não conseguem pagar as suas dividas aos bancos e vão à falência. Em 1929, toda a economia americana é tomada pela grave crise que vai se alastra pelo mundo.